Com o avanço da tecnologia da inovação e o advento da “Inteligência Artificial”, muitas áreas da nossa vida estão se transformando e uma delas é a religião, ou o modo como
nos relacionamos com ela.
Hoje temos a Bíblia online ou aplicativos com a bíblia completa, onde podemos pesquisar por termos específicos ou versículos e até o compartilhamento de passagens bíblicas.
Uma reportagem da BBC Brasil, traz um assunto bem interessante e polêmico.
Fala sobre o uso de Robôs pelas religiões.
Em Kyoto no Japão, um templo budista de mais de 400 anos tem no seu interior um robô com a aparência da deusa da Misericórdia Kannon e tem um nome próprio “Mindar” que não é homem e nem mulher.
O monge humano do templo diz que os robôs podem ensinar as pessoas por tempo indeterminado, pois acumularão conhecimento sem conhecer a morte.
Uma visitante do templo disse: “Olhei nos olhos de “Mindar” e parecia que tinha alma”.
Outro disse: “que os robôs podem transmitir o budismo aos jovens”
Mas outros, não se sentiam confortáveis quando o Robô pregava, e muitos nem oravam ou rezavam junto com ele.
O Robô Católico
Na Polônia um país católico, existe também um Robô o nome dele é “Santo” programado com mais de dois mil anos de conhecimento da fé católica.
Gabriele Trovate é o seu criador e teve a ideia do Robô na pandemia pois as pessoas não podiam ir à igreja.
Na sua primeira aparição numa igreja em Varsóvia a repórter da BBC perguntou ao Robô “Santo” existe paraíso ? Ele responde com a passagem bíblica de Mateus 19:22 que diz: “ mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus”
A repórter aceita a resposta como relevante mas ficou claro que o robô “Santo” não consegue discernir as perguntas objetivamente.
Um fiel da igreja diz que estava um pouco cético quanto ao robô, mas que sua impressão depois de falar com ele foi melhor e disse que os “robôs podem nos direcionar no caminho certo.”
Outra diz: “parece Alexa católica” a repórter pergunta; “Você se confessaria com o “Santo”? e ela responde, “se alguém tem dificuldade de se confessar com o padre pode se sentir mais à vontade com o robô.”
A maioria das pessoas dessa igreja aprovaram o “Santo” “qualquer coisa que te aproxima de Deus é boa.”
O padre da igreja acha que o robô pode auxiliar no entendimento da fé cristã, mas não pode substituir o padre porque não tem alma, não é uma pessoa, pois na fé católica o padre é “In persona Christi” ou seja, ele age no lugar de Cristo.
Uma especialista em Inteligência Artificial e religião da Universidade de Cambridge, acha que as religiões sofrerão impacto com Apps e algoritmos onde terão ideias e informações sobre outras crenças.
Hoje já existem aplicativos que ajudam milhões de muçulmanos a orar.
O Vaticano lançou um Rosário inteligente que conta suas orações.
“Alexa” da Amazon já está conectada com a igreja da Inglaterra , A repórter pergunta; “ Alexia, o que é Deus”
Ela responde; “os cristãos acreditam que Deus é a fonte de todo ser”
Em Paris na França uma jovem modelo criou um app “Rabino robô” “o aplicativo ajuda você a ser a melhor versão de si mesmo” diz a criadora.
A IA do aplicativo responde perguntas e cria desafios personalizados.
Sua criadora diz “que o aplicativo pode ajudar as pessoas com suas dúvidas, principalmente aquelas pessoas tímidas que não procurariam o rabinho para se aconselhar, tornando a região mais acessível.”
O Rabino humano quando perguntado se o robô pode substituir o Rabino humano ele responde; “o robô nunca substituirá um Rabino porque ele não tem alma”
Em conclusão, a repórter diz que a inteligência artificial pode enriquecer as religiões.
O uso de robôs nas religiões: desafios e possibilidades
A tecnologia da inteligência artificial (IA) está se desenvolvendo rapidamente, e seus impactos na sociedade são cada vez mais significativos. Um dos setores que vem sendo impactado pela IA é a religião.
O uso de robôs nas religiões é uma tendência que vem ganhando força nos últimos anos. Esses robôs podem ser utilizados para uma variedade de propósitos, como:
- Adoração: alguns robôs são projetados para serem utilizados em cerimônias religiosas, como orações, meditações e cultos.
- Educação: os robôs podem ser utilizados para ensinar sobre religião, história e cultura.
- Assistência: os robôs podem ser utilizados para fornecer assistência a pessoas idosas, doentes ou com deficiência.
O uso de robôs nas religiões traz uma série de desafios e possibilidades. Entre os desafios, estão:
- O risco de instrumentalização: os robôs podem ser utilizados para manipular as pessoas ou para difundir ideias religiosas que não são compatíveis com os valores humanos.
- O risco de perda de significado: os robôs podem substituir o contato humano, o que pode levar à perda de significado e profundidade na experiência religiosa.
Entre as possibilidades, estão:
- A democratização do acesso à religião: os robôs podem tornar a religião mais acessível a pessoas que vivem em áreas remotas ou que têm deficiências físicas.
- A personalização da experiência religiosa: os robôs podem ser programados para atender às necessidades e interesses individuais das pessoas.