“Meu marido tinha me dado o terceiro tiro, que pegou no meu braço esquerdo”

Disse a Psicóloga Evangélica Luciana dos Santos

Em pesquisa realizada em 2018 pela teóloga Valéria Vilhena para a Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo no curso de doutorado, mostrou que 40%
das mulheres vítimas de agressões físicas e verbais dos companheiros se declaram evangélicas.

Em pesquisa de Fevereiro de 2021 o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Cnsultoria ) mostra que 15% das mulheres brasileiras com 16 anos ou mais responderam ter sofrido algum tipo de violência , psicológica, física ou sexual de parentes, companheiros, ex-companheiros no periodo da pandemia.

São 13,4 milhões de brasileiras que já sofreram alguma violência na pandemia ou a cada minuto 25 mulheres são agredidas.

12 % foram xingadas ou humilhadas por parente, companheiro ou ex.
6% Agressão física por parente, companheiro ou ex.
3% Ameaçadas com arma de fogo, faca ou outro objeto por parente, companheiro ou ex.
3% foram forçadas a ter relação sexual com o companheiro
3% sofreram assédio sexual por parente, companheiro ou ex.

O levantamento foi feito com 2002 mulheres de 19 a 23 de fevereiro de 2021.

A pesquisa identificou também que as mulheres foram mais impactadas em sua saúde mental durante a pandemia . Alterações no sono, ansiedade, mudança de humor etc.

Considerando que é muito provável que muitas mulheres se constrangeram em afirmar sofrer a violência, podemos presumir que esse número da pesquisa seja maior.

Concluímos também que a violência doméstica atinge a quase todas as mulheres, evangélicas ou não.

Mas o que nos provoca a refletir é, porque numa família cristã existe a violência contra a mulher, quando o Apóstolo Paulo orienta aos maridos;

“…Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela…” Efésios 5;25

Não podemos nos confundir aqui, estamos falando de xingamentos, humilhações, agressão física, ameaça de morte, sexo forçado. Não é apenas uma discussão, não é apenas um pedido não atendido, é Violência , é Feminicídio .

A Igreja começa na família, Deus criou o homem e depois a mulher afirmando que não era bom que o homem estivesse só.

Certamente a violência doméstica não é algo novo na sociedade, certamente acompanha o homem na sua história, e a Igreja (Povo escolhido) faz parte dessa história da humanidade.

Então podemos fazer algumas perguntas;
Porque isso acontece na igreja em número tão elevado ?

40% das mulheres que sofreram violência da pesquisa de 2018 se declarando evangélicas, é quase metade das mulheres.

O que a igreja(instituição) está fazendo para que isso diminua pelo menos ?
O que os Pastores e Pastoras estão fazendo para ajudar as mulheres violentadas e agredidas?
As igrejas (instituição) estão fazendo seminários, encontros, cultos para discutir e orientar as mulheres e seus maridos ?
Que tipo de acompanhamento, orientação os Pastores e Pastoras dão às mulheres agredidas da sua igreja ?

A psicóloga Luciana dos Santos , 37 anos, evangélica, depois de 17 anos de casamento sofreu uma tentativa de feminicídio de seu marido à época.

“Meu marido tinha me dado o terceiro tiro, que pegou no meu braço esquerdo,quando olhei pela janela e vi uma viatura policial em frente à minha casa, consegui correr para fora e pedir ajuda aos policiais que ao se defenderem mataram o agressor.”

Hoje Luciana dá palestras sobre o assunto e atende no seu consultório mulheres que estão sofrendo em suas casas;

“Na semana passada, no meu consultório, atendi uma mulher que sofreu agressão do marido por 20 anos. Ela foi pedir ajuda para o pastor, e ele disse que a culpa era dela: ‘Está escrito na Bíblia que a mulher sábia edifica a casa, você está destruindo a sua, é tola’. É muito comum que elas escutem esse tipo de resposta….”

Voltando às perguntas;
A igreja (instituição) tem condições de ajudar as mulheres agredidas da sua comunidade ?
Os pastores e pastoras estão preparados para ajudar as mulheres da sua igreja ?

Na Carta aos Efésios 5;28 o Apóstolo Paulo diz:
“Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo”
Em 1 Coríntios 13;8 “…o amor nunca falha…”
Em 1 Coríntios 13;13 “…mas o maior destes é o amor…”
Por último Jesus disse;
“…Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas…”
Mateus 22:36-40

Fontes: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/03/26/sofri-tentativa-de-feminicidio-e-hoje-dou-palestra-em-igreja.htm?cmpid=copiaecola

https://www.hypeness.com.br/2018/03/40-das-mulheres-vitimas-de-agressoes-fisicas-e-verbais-sao-evangelicas/

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